quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fumar pra que?


Por que fumar? Bom, eu sinceramente não entendo e não sei por que motivo as pessoas fumam. Quando mais jovem eu via as pessoas fumar e ficava me perguntando por que ela fazia aquilo, qual o prazer ou necessidade a pessoa tinha em puxar fumaça para dentro do corpo? Não tinha a visão nem o instinto de criticar um fumante nem condena-lo porque fazia tal ato.

O tempo foi passando e aos meus dezessete anos e meio eu me pego fumando tomado por uma decisão acho que estúpida e solitária, de por um cigarro na boca, acende-lo e tragar aquela fumaça gerada pelo cigarro para dentro de mim, foi horrível, sufocante e fedorenta a experiência de fumar. Fiquei assustado e me perguntei: O que é isso?! Algo tão fedorento e incomodo pode dar um prazer (ou seja lá qual for a classificação que os fumantes dão) a alguém de tal forma, que a pessoa repete dia a pós dia honrando, hora, situação e em qualquer local e circunstância?! Bom, não obtive resposta e por qual motivo eu não sei até hoje, passei a fumar cigarro. Aos meus dezoito anos eu comuniquei aos meus pais que eu estava fumando de uma forma alternativa talvez, no meu aniversario de dezoito anos, realizado na casa onde me encontro até então, acendi um cigarro na frente da minha mãe e o fumei. Foi um espanto e acredito, ter sido uma decepção para minha mãe, eu pude ver isso nos olhos dela. Daí em diante foi uma grande controvérsia aqui em minha casa acontecia todos os dias e sempre que eu acendia um cigarro, minha mãe chorava dizia que cada cigarro que eu acendia e fumava era um dia a menos de vida que eu tinha e que eu a matava ela por dentro de "tristeza". Era horrível! Meu pai como sempre nunca foi tão participativo cem por cento na educação que minha mãe dava a mim e a minha irmã a qual é mais velha e também teve a experiência de fumar cigarro.

Meu pai falava de forma bastante pejorativa, critica e eu acho por mais clichê que seja, sabia a seguinte frase: Uma brasa em uma ponta e um idiota na outra. Até hoje eu me lembro desta frase a qual me fez refletir sempre que eu acendia um cigarro. Fumei até os meus vinte anos e subitamente decide parar de fumar, claro não foi fácil e teve uma ajuda externa muito grande da minha mãe primeiramente e de um amor por uma mulher que floresceu dentro de mim.

Hoje eu tenho meus vinte e quatro anos, parei de fumar dês dos meus vinte e dois anos e meio por ai, mas isso foi quebrado, aos meus vinte e quatro anos, hoje antes de vir escrever este lapso memorial da minha experiência de ter adentrado para o mundo dos fumantes eu tive uma queda, fraqueza ou sei lá o que, eu fumei dois cigarros, um eu fumei inteiro e o segundo quando eu tinha acabado de acender e tinha dado umas três tragadas eu pensei: Para que fumar? Novamente a velha pergunta que nunca se calou e que eu tinha feito lá atrás na minha infância. Parei apaguei o cigarro que tinha mais da metade apaguei-o e desci para pegar meu laptop e escrever o que estou desenrolando aqui para compartilhar com vocês, deixei o cigarro apagado sobre a cadeira e desci para pegar o laptop, quando eu volto eu ouço a cadela aqui da casa que chamamos de Pink, nome dado a ela por minha irmã, fazendo um barulho como se estive espirrando, eu imediatamente pensei que era algo relacionado ao cigarro e subi rapidamente as escadas, quando eu de imediato procuro o cigarro apagado na cadeira onde eu deixei não estava mais, eu não quis acreditar e verifiquei; pois é, Pink tinha pego o cigarro que estava na cadeira e comido o cigarro. Moral da historia, eu me senti péssimo por ter tido tal fraqueza em ter fumado depois de tanto tempo sem fumar e me senti salvo por minha cadela.

A sensação que eu tive foi que, Pink da forma que ela podia, estava cuidando de mim!

Daí foi o propulsor para eu pegar o laptop abri-lo e escrever este pequeno fragmento e singelo fragmento da minha experiência com o cigarro. E eu me pergunto: por que eu fiz isso? Talvez seja a química do cigarro que mesmo durante uma quantidade considerável de tempo tenha me vencido e me inclinou drasticamente a fumar, também pode ter sido o momento de fraqueza que eu estou passando até então e me inclinou mais ainda a fazer tal atrocidade com minha saúde e meu corpo na intenção de que o cigarro iria aliviar a minha dor, tristeza, angustia, preocupação, medo... que estou sentindo. Isso são artifícios que nós usamos para justificar o porque de fumar, mas garanto a vocês que por mais artifícios e desculpas que nós fumantes damos, não são nada perto do motivo real do porque de fumar um cigarro. Eu apesar da fraqueza mental e espiritual tive esta infeliz ação e retrocesso. Mas garanto que eu tenho uma força interna o suficiente para não mais cair nesta. Mas digo a vós que a minha força maior não está dentro de mim no momento e sim fora, é sensato dizer que isto é uma loucura e uma tremenda burrice dizer que minha maior força está fora de mim, mas é a verdade na qual eu convivo sem censurar se é certo ou errado depositar tal importância em algo exterior a mim. Pois bem caros leitores, eu lhes digo que tal força exterior que é meu sustentáculo não é só a minha mãe, mas sim o meu amor, meu grande e sincero amor por uma mulher que eu dedico cada passo da minha vida a ela e em prol dela e de nós dois. Não me julgue ser uma pessoa imatura e quimérica. Não sou, e posso lhes garantir que sou atento a realidade em que vivemos. Mas por mais que não saibamos o que é o amor e como amar de verdade, pelos meus critérios de avaliação e conduta moral eu tenho a crença de que sem o amor, não somos preenchidos. Não importa saber de fato como o amor é, o que é o amor, amar... se é loucura ou entrega total de si mesmo para a pessoa. Não a justificativa para o amor, assim como não existe justificativa e sentido para a vida, e mesmo assim vivemos e damos sentido a ela. O cigarro que eu fumei minutos atrás não me ajudou em nada e não diminuiu a minha dor, medo, insegurança, preocupação... Estou com medo, medo de estar perdendo a mulher que eu amo para a circunstância, para a crueldade do capitalismo, para as dificuldades do nosso sistema, para as limitações geográficas em nosso mundo e para as divirtuações dos valores essenciais do homem, para a fraqueza do ser, para o medo de arriscar talvez (não da minha parte!)

Pois bem, não sei até hoje porque fumar! E mesmo tendo fumado alguns anos eu não obtive nenhuma resposta sobre e não entendo de forma alguma que tipo de prazer real o cigarro nos proporciona, a única coisa que pode ter clareza nisso é que os motivos dados para justificar o ato de fumar, são derivados da fraqueza do homem, gerados pela a crueldade da sociedade em todos os sentidos e vertentes, e claro não só isso se é que podem me entender, e que fumar não é de forma alguma um alivio para os problemas existentes em nós e fora de nós. Sinceramente o motivo por trás dessa postagem e o motivo por trás do meu regresso em fumar dois cigarros foi "sentir a minha amada fraquejar durante o frio". Estou com medo! Tenho medo do desfecho, mas...Enfim, fico por aqui. Até mais e obrigado por ler.

3 comentários:

  1. Pois é!!! Não sei o pq de fumar, mas também não condeno quem. Só sei que é bastante incomodo até pra quem não fuma.

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  2. Pois é!!! Não sei pq fumar?!?! Mas também não condeno quem fuma. Só sei que é bastante incomodo até para quem não fuma.

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  3. Eu fui um idiota simplesmente.
    Mas não mais! Que assim seja!
    Abraço meu amigo do peito!

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