domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ainda temos chance?


O que está acontecendo com os seres humanos? Cada vez mais submergidos em sua subjetividade singularizada, dando as costas ao seu igual, não importando-se o mínimo possível com sua adjacência. A fé morrendo cada vez mais e os bons costumes, esse já está instinto praticamente. Mas o que é mesmo os bons costumes? O que é ter princípios? O que é respeitar? Para que tudo isso? Amar! Nobre palavra (sentimento)... Mas o que é isso. Amar? E de onde surgiu esta acepção amar, amor? Por quê? O capitalismo nos escraviza e nos destrói cada vez mais, destrói o amor, a fé... E eu, estou ficando frio.

Essa ostentação de valores materiais, esse desdém da moral, obscurecendo a ética, desvalorizando cada vez mais a dignidade (O que é ser digno? O que é dignidade?) e no decorrer, maximiza-se, camufla-se promiscuidade; os bens materiais, posses... são cada vez mais “valorizados”. Menospreza-se a dignidade do homem, pois o que importa não é sua dignidade, seu caráter, seu "interior", mas sim, suas posses... Onde vamos parar com toda essa desordem e regresso comportamental, existencial do homem? Matamos o outro por coisas banais, e coisas atípicas sendo banalizadas e repetidas cada vez mais.
A falta do amor, a falta do romantismo, a falta da cumplicidade... é substituída pelos interesses materiais, falsa consciência do belo, o câncer mundial (a cifra), mata-se por dinheiro, trai por dinheiro... Loucos, loucos, loucos, loucos... Loucos pelo materialismo... Loucos mais loucos do que os propriamente classificados como loucos. Onde tudo isso e outras mais que não citei, vai chegar? Destruímos nossa própria espécie, destruímos nosso próprio habitat a troco de que? Gritamos, clamamos, exigimos Justiça! Mas o que é justiça? O que é ser justo? Como é ser justo? Por que ser justo? Queixamo-nos da infelicidade, buscamos a felicidade. Mas será que sabemos mesmo o que estamos fazendo para encontrar a tão sonhada felicidade? Ou será que já a encontramos, mas não estamos preparados ou evoluídos o suficiente para sermos agraciados pela felicidade? Será que a felicidade é solitária? Será que a felicidade é acompanhada? Mas ai é que está nós gastamos mais tempo, palavras, gestos, ações... Brigando, discutindo, ofendendo, maltratando, traindo, enganando... Quem amamos, estimamos, queremos, temos... E gastamos menos tempo, palavras, gestos, ações... Fazendo carinho, amando, honrando, zelando, protegendo... Quem amamos, e duas palavrinhas de carinho já é o bastante e dizemos logo: que melodramático, que louco, que intenso e chato... Enfim, poderíamos fazer mais amor do que guerra! Ai é que está às guerras surgem por não pensarmos antes de dizer algo, por não pensarmos antes de fazer algo... E assim a mercê dos nossos impulsos e instintos perdemos muito mais e nem nos damos conta, ou talvez nem nos importamos, afinal, nada disso importa mesmo né? O importante é minha conta bancaria gorda e engordando, meu excelente emprego e uma esposa ou marido, traidor, mau caráter... Que não me respeita não me ama... Mas me dá conforto, e posses... Toda essa ostentação medíocre material.
Salvem a fé, cuidem do homem, protejam nosso habitat, acolham os animais, não matem nossas crianças, não destrua nossa esperança!
Use mais e melhor a sua capacidade de discernimento, raciocínio, intelecto... Busque a justa medida! Assim talvez, acontecera um salve geral.

2 comentários:

  1. "Onde vamos parar com toda essa desordem e regresso comportamental, existencial do homem? Matamos o outro por coisas banais, e coisas atípicas sendo banalizadas e repetidas cada vez mais".

    Você tocou em uma questão interessante e essa passagem me remete a fatos passados onde houve uma época onde matavam-se mais passarinho que humanos (pelo menos na minha infância era assim) e hoje, não se ouve mais falar em matar passarinhos, mas ouve-se muito falar em matar humano. Eu não apoio a ideia de matar passarinho, para mim é uma vida de qualquer forma, mas o que estou falando é que a vida humana é tirado por coisas banais, como acontecia com os passarinho. Não sei se o fato de eu ser criança e não me ater a realidade da vida (pois naquela época, não muito distante, rsrsrs... criança era criança)permitia que eu não tivesse a visão de mundo, mas o fato era que eu não ouvia falar de morte da forma que ouço hoje. Triste realidade. :-(

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