segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Nós somos o nosso futuro!


O homem, sem qualquer apoio e sem qualquer auxilio, está condenado a cada instante a inventar o homem. “O homem é o futuro do homem.” Trecho retirado do livro o Existencialismo é um humanismo de Jean-Paul Sartre, Editora: Abril Cultural – Col. Os pensadores. 1973.

Bom, partindo deste fragmento, como: pensar, dizer e agir de maneira tal, contrário a isto, de que somos nosso próprio futuro? Não consigo vislumbrar uma moral construída em bases “anti-o-homem”. O que me deixa um tanto quanto desconfortável é ouvir pessoas pregarem: “Não acredite no ser humano, não confie no ser humano.” Ora, como devo eu pensar desta forma, se eu sou também este ser humano o qual estou sendo cortejado a não crer!

Não crer no ser humano é automaticamente e inteiramente não crer em mim mesmo! Pense: Se você encontrar-se em uma situação em que necessite de que, alguém acredite em Você, e esse alguém for justamente a quem você tanto disse ou somente disse uma única vez, não acreditar no ser humano, será que você não teria dado um tiro no próprio pé outrora, quando pregou tal ideologia?

Outra provocação: Como almejamos o progresso da espécie, da sociedade, do mundo... Se não acreditarmos em nós mesmos? Do que adianta ir para as ruas, reivindicar algo a favor da sociedade, se a batalha mais importante já está perdida, que por sua vez a guerra também? Não acreditar no ser humano, é matar também todas as possibilidades potenciais de “ser” o que está por “vir a ser” no grande mar de potências que somos.

Não acreditar no ser humano, é matar o sonho da humanidade de viver em harmonia, paz e amor. É matar o seu próprio sonho e mundo, é destruir a potencialidade dentro de si. O sentimento constitui-se pelos atos que se praticam. E encarando desta forma, praticando a descrença em nós mesmos, estaremos compactuando com está ascensão de sentimentos pobres e destruidores que está assolando nossa época.

Mortes, traições, corrupções, sofrimentos, medos, desrespeitos, mediocridade, superficialidade, aparências, inveja, ódio, raiva, rancor, soberba, consumismo, corrupções, ostentação, falsidades, má-fé, deturpações de valores, egoísmo extremo, solidão, suicídios, abandono, doenças... DESUMANIZAÇÃO!

Sim, todos esse adjetivos citados acima, são de ordem humana, mas são ao meu ver, nomenclaturas para identificarmos tudo que é anti-humanismo, para nos manter alerto e desviarmos um por um o máximo possível, mas no entanto o que mais se tem feito, é abraçar e agregar cada um em nossa bagagem que é existência.

Nossa realidade será decidida tais como nós decidirmos que ela seja. Então, vamos decidir acreditar primeiramente em nós mesmos? Vamos decidir ao Amor, mais amor! A partir desta base, todas as outras poderão ser combatidas e vencidas com louvor.

2 comentários:

  1. Fábio, o seu texto é perfeito, no entanto o mundo precisaria de muitos e muitos Fábios com estes pensamentos e sentimentos aflorados.
    Confesso que diante desta leitura eu me encaixo perfeitamente neste contexto como desacreditada do ser humamo e ela me fez ver que eu fico na berlinda o tempo todo cobrando dos outros que me façam acreditar neles.
    Pelo que você escreveu, quem ler, com certeza, dirá que é uma pessoa que tem uma visão muito boa da vida e o que me intriga é o fato de você ser tão pessimista as vezes quando em nossas conversas.
    Você me disse que me fez este texto pensando em uma determinada pessoa que eu conheço, sinceramente gostaria que ela lesse este texto e entedesse o teor, a essência dele, porque eu costumo muito a falar que ela é muito insensível, nada romântica, portanto se o que eu penso tem fundo de verdade em nada adiantaria ela enveredar por esta leitura.
    Meu querido, você tem um interior lindo e maravilhoso, volto a dizer: VOCÊ É ESPECIAL. Parabéns pelo texto e por você ser esta criatura tão bonita.

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  2. Fala, mano Fábio! Demorei pra ler, mas li. E valeu a pena.

    Você tocou num ponto fundamental da existência: O acreditar, e ainda mais, no ter esperança.
    Se a vida não pode evoluir, então que sentido ela tem? É possível evoluir sem acreditar na evolução? É um pensamento paradoxal, este.

    Você propõe que o caminho é a confiança, a confiança guiada pelo amor, e que o primeiro passo é a auto-confiança, o amar-se. Um egoísmo bom e verdadeiro, longe do que predica o pensamento da populaça.

    Continue confinando em você, mano. Por que eu confio, e muito!

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