domingo, 9 de março de 2014

Três anos de idade


Eu desejo tanto o impossível neste espaço/tempo que me lanço para o futuro que não é futuro de nada, é um escuro cheio de tralhas lançadas, espalhadas no iminente tombo. Que coisa mais sem nexo sem graça sem joelhos e sem costelas. Eu só desejo ter Três moedas de UM centavo, três anos de idade e toda a felicidade. Hoje, não são felicidades, são remendos, são forçosas alegrias, são obrigações, anseios, decepções que me despedaçam por cada vão instantes, que entrincheirados em todos os momentos me deixa cada vez mais, sem um pouco de mim mesmo. E não adianta, não tem justiça que faça a justiça de ver quem de fato me roubou de mim e me ressarce. E ai eu me pergunto: O que mesmo eu quis dizer? Não sei, já ficou para trás, só sei que essa idade eu não queria ter nunca mais!

Ps.Este texto foi uma homenagem ao meu amado, meu grande amor, sobrinho e afilhado, Guilherme que tem três anos de idade e a sua inocência ainda criança, me fez perceber que é o apogeu da nossa felicidade é justamente nestes instantes que vamos perdendo cada ciclo, sendo assim, vejo que a busca incessante por felicidade talvez seja o retrocesso de um tempo o qual jamais voltaremos ter. Talvez um pouco niilista isso, mas, fazer o que! E talvez, a oportunidade de nos aproximarmos um pouco desta felicidade que outrora perdemos é lançar ao mundo uma parte de nós, como? Filhos!