segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um ato nobre

Na postagem anterior eu tinha dito ter perdido o tesão, ter desanimado para postar qualquer coisa, bom, foi e é verdade, mas hoje enquanto eu estava no ponto de ônibus a espera do mesmo para ir para a universidade eu presenciei um ato que ao meu ver, foi bastante nobre e sensibilizante que um cidadão fez. Como rotineiro e habitual, ônibus vem e vão, deixando pessoas e embarcando pessoas, e o normal é vermos os ônibus pararem sempre com esta finalidade, o ir e vir dos habitantes da cidade. Só que o que me chamou a atenção foi que, um ônibus simplesmente para no ponto, não para deixar ou embarcar alguém, mas para um dos ocupantes do ônibus descer e na mão deste cidadão tinha um saco cheio de ração que estava destinada aos cachorros que sempre sempre ficam no ponto, perambulando, perdidos, abandonados. Nossa! Isso é algo que não temos como habito, que não iremos ver todo santo dia. É um ato nobre, é um ato de estender as mãos a um animal que não é dotado da capacidade cognoscível que temos, mas na essência é um ser animado, que tem vida e talvez, não sabemos podem ter alma. Então pensemos, se um homem tem um comportamento como este para com um animal, certamente ele deve ter para com o seu semelhante. Fiquei contente em ter presenciado tal ato, bonito e nobre. Ai vocês podem dizer ou pensar: Ah! Eu vejo isso sempre, eu faço isso também e etc. Ótimo! Isso é muito bom! E é melhor ainda que não seja somente com um animal seja qual for à classe dele, mas com o nosso próximo; que sejamos capazes de estender as mãos com sinceridade ao nosso próximo, que sejamos mais humanos, mais racionais, mais solidários sem hipocrisia. Eu enxerguei de forma diferente tal ato simples e não tão grandioso assim, porque foi fora do comum, um ônibus cheio, parar no ponto e dele descer um homem com alimento para uns animais que na rua estavam, e o motorista ainda sorrindo aparentemente alegre, esperar o homem retornar para o ônibus e seguir o seu destino, foi muito especial isso. E detalhe, o tal homem não era o cobrador!
e a alegria dos cachorros quando viu o alimento? Nossa! Não tenho como descrever. Eu tenho consciência que acontece pelo mundo a fora; atos de solidariedade digamos, assim altamente impactantes, e o que é de melhor, para com nosso próximo o nosso semelhante!
Atos singelos e nobres como este que eu tive a alegria de presenciar entre outros que já tive a oportunidade de presenciar também, e até a honra de ter participado, provam que em parte eu estou sendo infeliz e injusto na minha singela observação de que o ser está mergulhado em sua exclusiva individualidade transbordando egoísmo e insensibilidade e etc.
E me fez pensar que nem tudo esta perdido e que existe sim ainda, muita bondade no coração dos homens. Bom, infelizmente tenho a dificuldade de expressar a minha visão e pensamento em relação a tudo e a todos, mas espero no mínimo conseguir, ser compreendido e provocar mesmo que rápida, uma reflexão de vocês. Mas eu vós digo que a meu ver, grandes conquistas partem de atos que aparentemente podem ser singelos, mas o efeito é profundo e crescera gradativamente como se fosse uma semente que plantamos e regamos na intenção de que ela cresça e consequentemente nos presenteia com frutos saudáveis e viçosos.
Por fim, é assim que devemos pensar talvez; continuem com suas boas e sinceras ações por menores e simples que sejam e não faça com intenções maldosas em só fazer algo de bom se for ganhar algo em troca como dinheiro por exemplo ou sei lá o que mais. O universo cedo ou tarde se encarregara de nos recompensar de alguma forma. Como Kant diz: “Aja como se você tratasse a humanidade, seja em sua própria pessoa ou na de uma outra, nunca como um meio somente, mas sempre ao mesmo tempo como um fim em si próprio”. (Kant, 1964, Cap.II seção 428) Isto quer dizer que devemos respeitar o fato de que outras pessoas têm fins (isto é interesses, objetivos, projetos, etc.) e são capazes de raciocinar a respeito desses fins e de agir segundo aquelas razões. Sendo assim com esta teoria de Kant requer uma serie de obrigações: dizer a verdade, cumprir promessas, ser honesto e justo e etc., que devemos seguir, independente de suas consequências. Obrigatoriamente tratar as pessoas como fins, não meramente como meios. É isso, fico por aqui. Reflitam agora! Até.

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